recordar

janeiro 28, 2009

Gostaria de agradecer a Vanessa, Rita, Marcelo, Rodrigo, Chorão, Alexandre, Christina, Jocelyn, Maria, Etta, Rogério, Edu, Rafael, Bob, Lauryn, Erykah, India, Amy, Ana, Jorge, Alanis, Adele e tantos outros que escreveram de forma melódica tudo que eu sempre quis dizer.

Lembrando de velhos-novos tempos, estou escutando [i]O Vento[/i], música de um dos citados acima. Ela me lembra o começo, apesar de parecer música de fim. Talvez ela demonstre o fim de algo que era pra se acabar e o começo de algo permanente, algo que para sempre vai ficar marcado, tatuado, guardado e mantido à sete chaves, dentro de uma coisinha que carrego no peito chamada coração. Eu não ligo de demonstrar meu amor por ele aqui, ou em qualquer outro lugar, pode parecer piegas mas o amo tanto ao ponto de expor aqui, ao ponto de ficar feliz com cada gesto. Se sou boba, sou uma boba feliz. Feliz porque amo. [b]ielaiê =D[/b]

[i]O vento vai dizer, lento o que virá, e se chover demais, a gente vai saber claro de um trovão, se alguém depois sorrir em paz. Só de te encontrar, estou bem. Ah.[/i]

quebra cabeças

janeiro 20, 2009

Não enxergo sem óculos dentro de túneis. Notei hoje.
Cada dia que passa eu me conheço mais. Oh, que poético.
É nada, eu sou é cega mesmo.

Só um ps, vi o desfile do Ronaldo Fraga e achei PERFEITO. 🙂

Diversidade tem limite.

janeiro 17, 2009

Resolvi postar esse texto que li numa coluna da revista Trip desse mês porque achei sábio e inteligente. Só por isso.

Diversidade tem limite.

Por: André Caramuru Aubert
Nem toda diferença cultural deve ser respeitada, como prova o caso da garota somali de 13 anos apedrejada até a morte em um estádio lotado pelo “crime” de ter sido estuprada

Aisha Duhulow, de 13 anos, foi executada no dia 27 de outubro de 2008, por apedrejamento, num estádio lotado na cidade Kismayo, na Somália. O crime da menina foi ter sido estuprada por três homens, dos quais nenhum foi preso. As pessoas que lotaram o estádio estavam tão animadas como numa final de futebol. O ritual de imposição da pena foi interrompido por três vezes, quando enfermeiras foram até a menina e, atestando que ainda estava viva, avalizaram o prosseguimento.

Dá preguiça argumentar contra preconceito, racismo, fanatismo religioso ou político. Você já discutiu com burro? Com quem não consegue usar a razão, pensa de maneira incompreensível e nem sequer considera qualquer argumento que questione alguma fé preexistente? Você pode bater e bater, e o outro continua com o olhar vidrado, opaco, blindado pelas pétreas certezas que só os idiotas têm. Na verdade, tende-se a complicar coisas que são muito simples: preconceito, racismo e fanatismo são, antes de mais nada, burrice. E a idéia de diversidade é tão obviamente positiva que parece prescindir de discussão. Mas onde se encaixaria o apedrejamento de Aisha? Não poderíamos, no limite, dizer que se trata de um traço tradicional de outra cultura e que, como tal, merece ser respeitado? Não.

DEDO NA FERIDA
Não dá pra cair no simplismo do lado de lá, de acreditar que todo índio é ecológico, que cada assentado do MST é a solução encarnada da política fundiária, que qualquer forma de ver o mundo deve ser respeitada. Execuções como a de Aisha são comuns em muitos países muçulmanos, previstas pelas leis e aceitas pela sociedade. O tema foi discutido de forma defi nitiva pela militante dos direitos humanos somali Ayaan Hirsi Ali na autobiografi a Infiel. Refugiada na Holanda, vivendo escondida, ela foi condenada à morte por clérigos radicais islâmicos e tem sobrevivido com a ajuda dos serviços secretos ocidentais (ao contrário de seu ex-parceiro, o cineasta Theo van Gogh, decapitado por um fanático numa manhã de novembro de 2004, na rua, em pleno centro de Amsterdã).

Ayaan pôs o dedo na ferida e questionou, de alto a baixo, todas as verdades que foram ensinadas a ela desde que nasceu: da circuncisão clitoriana (da qual ela mesma foi vítima quando criança, por obra da avó, relatada numa das passagens mais fortes do livro) à divindade de Maomé. É por tudo isso que sua vida, hoje, depende basicamente da sorte e da competência de seus guarda-costas. A conclusão mais importante a que Ayaan chega, no entanto, é que a diversidade é essencial, mas que alguns valores são universais e devem ser assim encarados. São os valores que vêm principalmente do Iluminismo e que preconizam os direitos humanos básicos.

Ou seja, não se pode relativizar tudo. Não se pode dar direitos políticos a quem não aceita o direito político do outro. Não se pode disputar eleições com quem defende a ditadura. Não se pode conviver democraticamente com quem quer exterminar quem pensa diferente. Ainda que, em se tratando de uma democracia, essas pessoas devessem ser ouvidas. Os alemães um dia pensaram assim e elegeram Adolf. Em resumo: as conquistas da tradição democrática ocidental não devem ser postas em xeque. Verdade, não é fácil encontrar o equilíbrio, pois basta um escorregão e cai-se no velho truque missionário, que começou com os cruzados, alimentou portugueses, espanhóis e ingleses e teve o mais recente exemplo na invasão do Iraque pela Cavalaria.

Onde está o equilíbrio? Pode ser difícil responder, mas o ponto é que nem toda cultura merece ser respeitada. Quem considera normal a morte por apedrejamento de uma menina de 13 anos vive num planeta do qual não faz parte quem é normal. Simples. Viva a diversidade! Abaixo a diversidade!

rat is dead

janeiro 14, 2009

não

janeiro 12, 2009

eu não preciso ser o que não sou. eu não preciso ir onde não vou. eu não preciso forçar uma situação. eu não preciso mostrar pros outros que estou bem. estou ou não estou.
demonstrar para os outros certas coisas só mostra que as pessoas querem ser aceitas. e para quê?!
ser feliz por si mesma e ser aceita por si mesma é o melhor que existe. 🙂

o rio

janeiro 10, 2009

Quando o sol se afunda e cede o céu ao crepúsculo, o entardecer cede o rio aos vaga-lumes. Mihares de brilhantes vermelhos observam tudo. E agora está tão só, aonde foram? Te deixaram abandonado e ferido. Não quero olhar, me envergonho do que fizeram com você. No rio, as libélulas voaram ao exílio. E hoje o rio grita assassinos, assassinos.

clap clap

janeiro 10, 2009

Autoramas – Fale Mal de Mim

Você fica irritado comigo
Só porque voce me acha mais bonito que voce

Você já fica todo nervoso
Quando te dizem que eu sou mais talentoso que você

Sua vida anda mesmo sem graça,
Pois a única saída que você acha é me difamar
Isso até que veio bem a calhar
Eu estava precisando de alguém para me divulgar

Fale mal de mim
Fale o que quiser de mim
Mas por favor, não deixe que em nenhum momento
Eu deixe de estar no seu pensamento

Fale mal de mim
Fale o que quiser de mim
Porque todo mundo que te conhece
Sabe que é isso o que você merece

Você sabe que eu vencerei, que eu triunfarei.
Isso incomoda você, isso irrita você. Isso vai matar você!

vida bela vida

janeiro 10, 2009

um dia eu surtei e resolvi ser mais eu.

pq? vc nunca mente?

janeiro 10, 2009

esse é o espírito. a pessoa que vier me dizer que nunca disse uma mentirinha se quer na vida, leva uma pedrada no olho. dada por mim mesma. [menti novamente!]
eu minto, demais da conta! mas para mim mesma. mentiras que não afetam nem você, nem sua vidinha.
mas me afetam e assim, afetam a MINHA vidinha.
desde a dieta de segunda feira até a ‘aula de direção’ que vou tomar com o namorado no fim de semana.
eu mesma acabo criando fábulas sobre minha própria vida e o pior, PARA MIM!
eu não sou daqueles seres ultra egocentricos e idiotas que inventam mentiras e vivem essas mentiras para com as outras pessoas do mundo. não sou como aqueles que criam um personagem e brincam que são eles para o resto de suas vidas, enquanto a real é completamente diferente. não, não sou dessas. uma coisa minha mãe me ensinou bem: NÃO VIVA DE APARÊNCIAS.
as mentiras que conto, deixe me ver se explico bem, conto para que tenha um motivo para acordar, ou até para viver melhor!
acho que isso acontece com mais pessoas no mundo [tenho fé que sim!], mas só sei o que diz respeito à mim.
ontem, quando acordei querendo viver bem, resolvi parar de ser uma pinóquia das boas, tomar vergonha na cara e voltar a ser a garota que só acredita no que vê e só espera o que sabe que pode alcançar [e alcançando esse objetivo quer sempre mais, mais e mais]. mas ainda mais do isso, eu procuro ser a garota que não mente, mas idealiza e realiza.

sem minhas velhas mentiras

janeiro 10, 2009

eu acho que me perdi em algum canto de 2008. espero me encontrar intacta, agora, em 2009.
algo meu ficou para trás, esquecido, no meio de algumas canções e sentimentos.
o tropeço fez com que eu olhasse para baixo e ficasse lá, fixa, em algum buraco do mundo.
o mundo parou nesse instante e eu só pude ver o meu reflexo no céu aberto, um ano depois.
o problema não é do mundo, é meu. foi vivo, foi intenso, usou e abusou da minha sanidade. fez com que eu pensasse que a minha vida estava por um fio, e na real, estava mesmo.
mas agora, com mais alguns novelos, pego esse fio e teço uma nova vida, um novo despertar e uma nova aliança. a minha, comigo mesma. dessa vez sem medo, dessa vez sem ódio, dessa vez com a cabeça erguida.